sábado, novembro 18, 2006

Borboletas no estômago


"Certamente a grande maioria dos alvirrubros que irão ao estádio nesta tarde estava lá no dia 26 de novembro do ano passado e fez parte daquela fatídica e trágica derrota para o Grêmio. Muitos do que agora estão contando as horas para ir aos Aflitos, ano passado choraram, rasgaram a camisa e pensaram em nunca mais voltar ali. Talvez eles nem imaginassem a capacidade de recuperação moral e reestruturação profissional do Náutico em espaço tão curto de tempo. 105 anos não são 105 dias. E a chance de, um ano depois, estar novamente a uma vitória da elite do futebol brasileiro não veio por acaso - e apenas comprova o fortalecimento de um clube que já viveu dias bem melhores, mas que mostrou realmente a sua dimensão justamente quando teve que enfrentar momentos complicadíssimos. A história do Náutico em competições nacionais pode ser dividida em três momentos: o da glória (na década de 60); o da regularidade (entre 1971 e 1994) e o da resistência - iniciado em 1995 e que pode ser encerrado nesta tarde. Entre 1961 e 1968, o clube alvirrubro chegou a cinco semifinais e uma final da taça Brasil. Entre 1971 (ano que marca o início do Campeonato Brasileiro) e 1994, foi o clube pernambucano com mais participações na elite do futebol nacional (22 contra 21 do Sport). Mas o rebaixamento, em 1994, empurrou o clube para uma queda sem precedentes. Foram 11 anos de Série B e um ano de Série C. E, em pelo menos sete deles, o Náutico ficou perto de subir de divisão. Disputou quatro quadrangulares finais, dois quadrangulares semifinais e uma quarta-de-final - mas até hoje não conseguiu dar o último passo e recolocar sua história nos trilhos. Até hoje."
(Diario de Pernambuco - Diario Esportivo - 18/11/2006)



Deus te ouça. À tarde tô no campo, suando frio e me tremendo feito louca.

Nenhum comentário: