sexta-feira, novembro 24, 2006

Quem é vivo...

...de vez em quando posta.

Eu estudo filosofia. "Eita, tá cheio de goga, olha". Não, querido mané, tou postando isso justamente pelo contrário. Neguinhos como eu ficam preocupados com grandes questões; aí aparece alguém mais inteligente e as resolve rapidinho. É assim que faz o Millôr Fernandes, por exemplo. Quer uma aula de filosofia política? Então toma.

Abrem aspas

Do Livro Vermelho (pensem de novo)

Sempre houve no mundo libertações, mas a palavra-chave Libertação só começou a ter curso corrente por volta de 1940, quando povos começaram a ser arrancados do domínio de alguns países para serem colocados sob o domínio de Hitler e Stalin e, depois (1945) foram arrancados de Hitler para serem colocadas sob o jugo de outras variadas nações (inclusive União Soviética). Daí em diante o uso da ficou tão popularizado que, ambas as partes em luta (sem contar os próprios libertados, divididos em grupos, cada um procurando uma libertação diferente) apregoam estar libertando determinada região ou povo das garras do outro libertador. Na prática, um país se diz libertado no exato momento em que está sendo conquistado. E se afirma que é livre quando menos liberdade existe pra se dizer que ele não é. Há uma grande disputa para se saber qual é o país mais libertado do mundo moderno: se a Hungria, a Polônia ou a Tcheco-Eslováquia.

Fecham aspas.

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