quinta-feira, novembro 09, 2006

Quik de morango


[Antes de ler este post, leia o anterior]


Vocês imaginam uma criatura com 25 anos na cara, mãe de família, raladora-workaholic, ser frustrada porque nunca pôde tomar um copo de leite com quik de morango? Pois é, esta sou eu.
A conversa da qual contei a vocês no post antes desse culminou neste assunto tão triste para a minha pessoa. Deixa eu explicar:

Quando eu era pequena, precisamente aos 4 anos de idade, tive uma doença chamada Febre Reumática. Quem não souber o que é, entra
aqui e lê. É uma doencinha meio punk, e por causa dela eu tive que tomar injeções de benzetacil, uma vez por mês, até completar 18 anos. Se não tomasse, poderia ter uma parada cardíaca e morrer. Blé. Mas, enfim... com certeza isso aí deve ter me causado algum tipo de trauma, até porque, tenho muitos e tô longe de ser normal; mas não era sobre isso que eu queria falar. É sobre o Quik!
Então, como eu ia dizendo, eu VIVIA no pediatra né... E minha mãe, que é meio neurótica (que ela não leia isso, meu Deus), procurou logo o melhor médico daqui de Recife pra cuidar de mim. Esse danado desse pediatra, que não vou citar o nome, inventou de dizer que eu não podia tomar quik de morango, pois poderia ter uma crise alérgica, sufocar e morrer. Imagine só! Isso tudo porque ele era totalmente contra dar alimentos que continham corantes para crianças. E a minha mãe seguiu à risca, obviamente. Então, todas as vezes que eu ia no supermercado com ela, era um chororô querendo quik de morango, e ela negava até a morte, dizendo que eu podia morrer sufocada e tal. Já pensaram que trauma? Pois é... até hoje sou frustrada porque nunca pude tomar um copo de leite com quik e o trauma se estende: quando vou num supermercado, fico paquerando a latinha por meia hora na prateleira, pensando: "compro ou não compro?" - E nunca compro. Tenho medo de morrer sufocada.


obs.: Vocês lembram do jingle? ---> "Quik! Faz do leite uma alegria!"

.

2 comentários:

Mima disse...

Eu tenho vários traumas de comida também ... a tal da bala soft, um mistério pra mim até hoje, pingos de ouro, que consegui vencer ao chegar na idade adulta e tudo mais que fosse redondinho e meu pai considerasse perigoso.

Rê Caldas disse...

Putz, tb tenho trauma de bala soft!!! :P
Quando eu era pequena quase morro com uma presa na minha garganta. Jamais vou esquecer, ela era de uva! Só saiu com um tapão que minha mãe me deu nas costas. :D
E o pior de tudo isso é que a gente acaba passando esses traumas pros nossos filhos, e aí isso se torna num círculo vicioso.