E dá-lhe Eduardo Campos!

Matéria saiu dia 06, mas não tive tempo pra postar aqui nestes últimos dias. Segue:


Em audiência com Lula, Eduardo repudia decisão do STJD, que interditou o estádio dos Aflitos
Fonte: JC Online - Blog do Jamildo

O governador Eduardo Campos também entrou em campo para ajudar o Naútico contra a decisão do STJD de interditar o estádio dos Aflitos. Nesta sexta (6) ele se reuniu, em Brasília, com o presidente Lula, e repudiou a decisão do STJD que penaliza o clube pelo mau comportamento do jogador André Luís. Eduardo, que é alvirrubro, autorizou inclusive a divulgação de uma nota oficial do Governo do Estado sobre o assunto. Leia a íntegra.

NOTA DO GOVERNO DE PERNAMBUCO
O Governo do Estado de Pernambuco vem manifestar o seu repúdio à decisão do Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que determinou a interdição do Estádio Eládio de Barros Carvalho – Estádio dos Aflitos, do Clube Náutico Capibaribe. Tal decisão, proferida em razão dos eventos ocorridos naquela praça esportiva durante a partida entre o Náutico e o clube Botafogo, do Rio de Janeiro, veio penalizar a equipe pernambucana pelo mau comportamento de jogador e do presidente da equipe visitante.

Em decisão proferida em total descompasso com os fatos ocorridos, aquele órgão da Justiça Desportiva não se limita a prejudicar, em decisão injusta e desarrazoada, a equipe pernambucana. Ofende não apenas à torcida do Clube Náutico Capibaribe, ou à equipe técnica e administrativa daquele clube, que nenhuma responsabilidade tiveram naqueles lamentáveis eventos. Afronta o trabalho firme e responsável da Polícia Militar de Pernambuco que, acionada pela arbitragem em observância às normas aplicáveis, conteve os infratores e os encaminhou imediatamente à presença da Justiça, ali presente através do Juizado do Torcedor, como é o seu dever.

Foi o jogador do Botafogo que, após ser expulso da partida, agrediu física e moralmente a torcida do time da casa, provocando a “desordem” referida na infeliz decisão. Foi o mesmo atleta que desacatou as autoridades que tentaram chamá-lo à razão. A sua condição de integrante da equipe visitante não lhe dava o direito de faltar com o respeito para com os seus companheiros de profissão e a vasta assistência presente que foi prestigiar o desempenho das duas equipes.
Conduzido perante as autoridades competentes e caindo em si, o jogador reconheceu a culpa e, na presença de advogado por ele livremente escolhido, celebrou a transação penal, na forma que lhe é facultado pela lei. Da mesma forma, o dirigente do Botafogo também foi conduzido à presença da Justiça, em razão da prática de atos entendidos como de desacato às autoridades que tentaram contê-lo.

Na documentação produzida sobre o evento, e nos registros audiovisuais existentes, resta constatada a adequação do estádio e das instalações postas à disposição das equipes, o bom comportamento da torcida, e a presença de um dispositivo de segurança que permitiu um pronto controle da situação, e a retomada da partida, assegurando inclusive a incolumidade do jogador agressor.

Não se pode aceitar que, com base em argumentos falaciosos e numa visão distorcida dos fatos, decisão dessa alta corte desportiva possa ser vista como a manifestação de uma visão preconceituosa e centralizadora que certos setores do futebol têm das equipes das regiões “periféricas”.

Ao contrário, espera o Governo do Estado de Pernambuco que, serenados os ânimos, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva se mostre, efetivamente, como um instrumento da justiça, e permita que esse infeliz incidente não seja potencializado por decisão que venha agredir os mais elementares princípios, permitindo o prosseguimento da competição, sem que a mácula do arbítrio contra o Clube Náutico Capibaribe venha diminuir a grandeza do futebol brasileiro.

RECIFE, 5 DE JUNHO DE 2008